O PCP expressa a
sua preocupação perante o agravamento da situação na Ucrânia, resultante do
golpe de estado de Fevereiro e marcada pela escalada de violência e repressão
política e xenófoba promovida pelos sectores mais reacionários da oligarquia ucraniana
e por forças de natureza fascista e nazi, com o apoio dos EUA, da UE e da NATO.
O PCP alerta para
as graves consequências do recurso à força militar – nomeadamente nas regiões
do Leste da Ucrânia –, para reprimir o movimento de protesto e oposição popular
ao regime golpista ilegítimo e às medidas de cariz opressivo e xenófobo que
este tenta aplicar, a que acresce a imposição do pacote de saque económico e de
cortes sociais acordado com o FMI, fomentando profundas divisões no País.
O PCP sublinha a
responsabilidade dos EUA, da UE e da NATO no agravamento da situação na
Ucrânia. Denuncia a profunda hipocrisia e cumplicidade do imperialismo perante
a onda de provocações, de instigação à violência, de violações de liberdades e
direitos e de crimes perpetrados pelas forças ultranacionalistas e fascistas
neste País, de que é exemplo a chacina ocorrida a 2 de Maio em Odessa de que
foram vítimas cidadãos que se opõem às forças e ao poder golpista. Chama a
atenção para os imensos perigos que decorrem da impunidade destes crimes e dos
seus autores, impunidade que como a história já se encarregou de provar pode
ter consequências dramáticas para os povos do Mundo.
O PCP denuncia a
crescente deslocação de meios e efetivos militares da NATO para a Europa de
Leste que, num quadro de escalada de tensão e de confrontação com a Federação
Russa, poderá ter graves implicações para a paz e a segurança nesta região.
O PCP defende a
procura de uma solução política para a presente crise na Ucrânia que deverá
passar pelo reconhecimento do carácter ilegítimo do poder golpista e pela
instauração de um real processo de diálogo que atenda as legítimas e justas
reivindicações das populações.
O PCP condena a
campanha repressiva e anticomunista promovida pelas forças golpistas e reafirma
a sua solidariedade aos comunistas ucranianos perante os ataques e a ocupação e
destruição de sedes e bens de que o Partido Comunista da Ucrânia tem sido
vítima. O PCP denuncia e exige a imediata cessação das ameaças e iniciativas
que visam limitar a atividade e ilegalizar o Partido Comunista da Ucrânia, bem
como de outras forças democráticas.
Exigindo do governo
português uma postura consentânea com a Constituição da República e o não
envolvimento em manobras de ingerência na Ucrânia, o PCP reafirma a sua
solidariedade com os trabalhadores e o povo ucranianos e as suas profundas
aspirações a uma Ucrânia livre da ameaça fascista e da ingerência imperialista,
soberana, independente e próspera, de paz, democracia e progresso social.
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