Assinala-se nesta ocasião o 69º aniversário do
final da Segunda Guerra Mundial. A libertação de Berlim pelo Exército Soviético
pôs fim ao maior e mais mortífero conflito bélico da história da Humanidade,
com os mais de 50 milhões de mortos e a destruição em larga escala do
continente europeu e outras regiões do planeta.
A Segunda Guerra Mundial é inseparável da
ascensão ao poder do nazismo na Alemanha, e este é, por sua vez, inseparável da
grande crise do capitalismo mundial que eclodiu em 1929. É importante
relembrar, quase sete décadas após o fim da guerra, que a ascensão do
nazi-fascismo, nas suas várias expressões, foi apoiada e apadrinhada pelos
monopólios, durante a prolongada crise que sacudiu o capitalismo O
nazi-fascismo é, no plano histórico, a expressão mais violenta e terrorista da
dominação e exploração capitalistas.
O PCP recorda e saúda o papel determinante da
União Soviética, do povo soviético e do seu Exército Vermelho, na derrota do
nazi-fascismo. Foi em território da URSS que tiveram lugar as gigantescas e
decisivas batalhas que determinaram o desfecho da Segunda Guerra Mundial:
Moscovo, Leninegrado, Estalinegrado, Kursk e muitas outras. Os povos de todo o
mundo têm uma dívida de gratidão eterna para com o povo soviético que, com o
sacrifício de mais de 20 milhões de vidas, deu o contributo decisivo para
libertar a Humanidade da barbárie nazi. O PCP recorda e saúda igualmente o
papel determinante que os comunistas, os trabalhadores e outros patriotas de
numerosos países desempenharam na resistência antifascista e na derrota do
nazi-fascismo.
A nova situação resultante da derrota do
nazi-fascismo abriu para os povos do mundo uma época de grandes avanços e
conquistas políticas, económicas e sociais. Contribuiu decisivamente para o fim
dos impérios coloniais que, ainda em 1945, oprimiam larga parte da Humanidade e
para a criação dum Direito Internacional com princípios democráticos e
pacíficos. Tudo isto é hoje posto em causa, como resultado da alteração da
correlação de forças do final do Século passado e, consequente, reforço do
poder do grande capital no plano mundial. A ofensiva do imperialismo e a crise
estrutural do capitalismo a que conduziram as suas próprias contradições,
representam hoje de novo uma grave ameaça para a paz mundial e para os direitos
dos trabalhadores e dos povos.
No momento em que se assinala o 69º aniversário
da Vitória sobre o nazi-fascismo e o fim da II Guerra Mundial, deve merecer
séria preocupação, por parte dos comunistas e de todos os democratas e antifascistas,
o perigo que representa para a democracia, liberdades e direitos o ascenço de
forças de extrema-direita, xenófobas e fascistas na Europa, que são, de novo,
promovidas pelo sistema e utilizadas pelo imperialismo como tropa de choque,
como atualmente acontece na Ucrânia.
A luta contra o fascismo, o imperialismo e a
guerra adquire assim nos dias de hoje uma particular importância e atualidade.
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