O PCP iniciou, por
todo o país, uma campanha de esclarecimento para denunciar o mais recente
ataque aos direitos sociais e laborais e a degradação e encerramento de
serviços públicos, afirmando a necessidade de derrotar o governo e a política
de direita e, ampliando a luta, construir uma política patriótica e de esquerda
que afirme os valores de Abril no futuro de Portugal.
A campanha que
agora se inicia é constituída por diversas ações de contacto com trabalhadores
e populações das quais se destaca o contacto com trabalhadores na Petrogal em
Matosinhos, que se realizou hoje e contou com a presença de Jaime Toga da
Comissão Política do Comité Central, e nos próximos dias, o convívio de Verão,
em Alcoutim, no próximo Sábado, com a presença de João Oliveira (Comissão
Política do Comité Central e deputado à Assembleia da República); a visita do
PCP à Feira de Santiago em Setúbal, com a presença de Miguel Tiago (deputado à
Assembleia da República), também no Sábado; e a visita às Festas do Barreiro,
com a presença de Jorge Cordeiro (Comissão Politicado Comité Central), no dia 9
de Agosto.
No folheto,
denuncia-se: o novo roubo nos salários e pensões através de novos cortes, para
este e para os próximos anos; o novo ataque aos direitos e salários dos
trabalhadores por via da alteração ao código do trabalho visando destruir a
contratação colectiva; o prolongamento do corte para metade do pagamento das
horas extraordinárias, do trabalho em dia de feriado ou de descanso semanal,
que o tribunal Constitucional havia decidido limitar até 1 de Agosto; e a
liquidação de serviços públicos.
O PCP sublinha,
ainda, que o roubo ao povo através do aumento brutal dos impostos sobre o
trabalho, dinheiro que é canalizado para os lucros do grande capital. Disto são
exemplo os 7 mil milhões de euros em juros da dívida que saem do País para os
grandes bancos da Europa, os milhões enterrados nas PPP e nos SWAP ou a redução
de impostos sobre os lucros. Assinala-se ainda que a situação no Grupo Espírito
Santo é mais um exemplo de gestão danosa e fraudulenta, a somar ao BPN, ao BPP
e ao BCP, em que postas a salvo as fortunas pessoais construídas à custa da
economia e do interesse nacional, se quer, com o apoio do governo, transferir
para as costas dos trabalhadores e do povo, os custos dos buracos financeiros
que criaram.
No mesmo folheto, o
PCP reafirma a necessária derrota do governo e da política de direita, pondo
fim ao rumo desastre nacional que há 38 anos, os partidos da política da troika
– PSD, CDS e PS – têm protagonizado. Abrindo caminho a uma política patriótica
e de esquerda que afirme os valores de Abril no futuro de Portugal, assente nos
seguintes eixos: a renegociação da dívida nos seus montantes, juros, prazos e
condições de pagamento, rejeitando a sua parte ilegítima; uma política de
defesa e recuperação dos serviços públicos; a valorização do trabalho e dos
trabalhadores; uma política orçamental de combate às injustiças fiscais; a
defesa, diversificação e o aumento da produção nacional; a assumpção de uma
política soberana e a afirmação do primado dos interesses nacionais.
Sem comentários:
Enviar um comentário