Este ano as
condições climatéricas mais favoráveis têm contribuído para diminuir o número
de fogos florestais e da área ardida.
Segundo o ICNF, no
período de 1 de Janeiro a 15 de Agosto, registaram-se 9.529 ocorrências, o que
corresponde a menos 33% de ocorrências relativamente à média verificada no
Decénio, e arderam 30.989 há, o que corresponde a menos 69% do valor médio de
área ardida no mesmo período de tempo.
A persistência da
chaga que constitui o desordenamento florestal, o mau estado da floresta, a
falta de investimento na prevenção e o número elevado de acidentes pessoais
graves e mesmo mortais, e dos acidentes envolvendo viaturas, estão a fazer de
2013 um ano negro a nível das consequências humanas dos incêndios florestais.
O PCP há muito que
pugna por aquela que constituirá a mais importante medida preventiva dos fogos
florestais : o Reordenamento Florestal, há muito que defende que não basta
legislar sobre “a floresta contra incêndios”, e que é absolutamente
indispensável clarificar quem fiscaliza, quem notifica e quem faz cumprir a
legislação.
O PCP sustenta que
é absolutamente necessário inverter a lógica atual e as prioridades que levam a
que haja mais orçamento para o combate do que para a prevenção.
Face à dramática
situação resultante dos graves acidentes ocorridos – que não se compadecem com
as habituais declarações da parte do Governo sobre as condições climatéricas e
de terreno e a “adequação” do dispositivo - o PCP deixa claro que considera
inadmissível que haja bombeiros a combater fogos sem o respectivo e completo
equipamento de proteção individual.
O PCP considera necessário e urgente :
1. Que sejam conhecidos os relatórios das investigações dos incêndios.
1. Que sejam conhecidos os relatórios das investigações dos incêndios.
2. Que sejam
divulgados, como medida pedagógica, os relatórios da investigação dos acidentes
com viaturas de bombeiros, que se dirigiam, regressavam ou estavam nos
incêndios.
3. Que sejam
divulgados como medida pedagógica os relatórios da investigação dos acidentes
em serviço dos quais tenham resultados a morte ou incapacidade (temporária ou
definitiva) de bombeiros.
4. Que revelando-se
necessário o aumento das coberturas do seguro de acidentes pessoais dos
bombeiros, no mínimo para o dobro, cujo tomador são as Câmaras Municipais
(portaria nº. 1193/2009) e sabendo das dificuldades de disponibilidade
financeira das Autarquias, que o Governo tome medidas para assegurar o
respectivo financiamento.
5. Que se avalie se
o tempo e o tipo de formação são os necessários para tão exigente e arriscada
missão.
6. Que o Governo
assegure que a todos os homens e mulheres que vão combater os fogos será
disponibilizado o seu equipamento de proteção individual.
7. Medidas por
parte do Governo de apoio às populações afectadas para colmatar os prejuízos
materiais.
O Grupo Parlamentar
do PCP apresentará oportunamente na Assembleia da República um requerimento com
todas estas questões.
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