1. O INE acabou de divulgar as estimativas rápidas do 4º trimestre de 2013 das contas Nacionais. De acordo com o INE, o PIB no 4º trimestre de 2013 cresceu 1,6% comparativamente com o 4º trimestre de 2012 e 0,5% comparativamente com o 3º trimestre de 2013.
2. Estes resultados não iludem, entretanto, três factos inegáveis:
- um primeiro, que 2013 foi mais um ano de recessão, com uma queda do PIB de 1,4%. Desta forma, pela primeira vez na nossa história, o nosso país permanece em recessão durante 3 anos, acumulando uma queda do PIB neste período de 5,8% (o PIB caiu 1,3% em 2011, 3,2% em 2012 e agora, em 2013, 1,4%), que corresponde a uma destruição de riqueza produzida equivalente a 9440 milhões de euros, a uma destruição de 323 500 empregos, a uma subida da taxa de desemprego real para cerca de 24%, com cerca de 1 milhão e quatrocentos mil desempregados, e que levou a uma emigração forçada de mais de 200 mil portugueses.
- um segundo, que, após onze trimestres com variações homólogas negativas, haveria de chegar o trimestre em que, batendo no fundo, não se poderia cair mais. O que é impressionante não é registar-se uma variação positiva do PIB ao fim de 11 trimestres consecutivos de queda, mas antes ser possível conduzir o PIB a quedas sucessivas e ininterruptas durante 11 trimestres.
- um terceiro, que a queda do PIB em 2013 é 40% superior à previsão avançada pelo Governo, quando da discussão do Orçamento de Estado para 2013.
3. Longe de poder constituir razão para o irresponsável entusiasmo do governo, o que a evolução do PIB testemunha, ao fim de três anos de Pacto de Agressão e de governo PSD/CDS, é a urgência da demissão do governo e da convocação de eleições antecipadas, indispensáveis à rutura com a política de direita e à construção de uma política patriótica e de esquerda, que assegure um desenvolvimento soberano e independente do País, de acordo com os interesses dos trabalhadores e do povo.
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