O PCP
saúda a luta dos trabalhadores e a greve geral convocada pela CGPT-IN que fez
ouvir a voz do país durante o dia de hoje. Saúda as manifestações realizadas
durante a manhã em Almada, Seixal e Setúbal e de tarde, no Barreiro e na Moita.
A greve e as ações de rua são uma afirmação da determinação dos trabalhadores e
do povo portugueses em continuar a luta contra a exploração e o
empobrecimento, pela rejeição do Pacto
de Agressão, a demissão do Governo, a convocação de eleições e a mudança de
políticas.
A Greve Geral contra a violação dos direitos contratuais, na defesa de
postos de trabalho, pela contratação coletiva, contra a precariedade e o
desemprego e exigindo salários justos, teve um enorme impacto ao nível das
empresas e locais de trabalho da região, no sector público e privado. Esta luta
é uma demonstração de grande determinação em lutar pela melhoria das condições
de trabalho e de vida, mas também pela exigência de ruptura com a política de
direita e a construção de uma política patriótica e de esquerda.
O PCP destaca a luta dos trabalhadores da indústria, que em várias
unidades da região paralisaram a produção, casos do estaleiro da Mitrena, da
Autoeuropa e do seu Parque Industrial, do Arsenal do Alfeite ou da EMEF, e de empresas
onde a produção foi significativamente
afetada, casos da Visteon, da Delphi ou da Parmalat.
No sector dos transportes a greve teve grande expressão. A circulação da
Fertagus esteve condicionada durante as primeiras horas da manhã. O porto de
Setúbal este encerrado, a linha do Sado esteve paralisada, bem como a CP Carga,
os Transportes Coletivo do Barreiro e o Metro Sul do Tejo. Praticamente não
houve transportes fluviais no rios Tejo e Sado e nos TST a adesão foi acima dos
75%.
Adesões praticamente totais nas
autarquias locais, com a esmagadora maioria dos locais de trabalho e
equipamentos encerrados e ausência quase total de recolha de lixo. Na
administração pública central, destacam-se as adesões nos Hospitais, centros de
saúde, escolas e outros serviços públicos. Todos os serviços de atendimento da
Segurança Social do distrito encerraram.
Lojas como as do Continente no Montijo, do Jumbo em Almada ou da
Moviflor em Setúbal e Corroios tiveram adesões significativas à greve. Vários
equipamentos sociais como creches e centros de dia estiveram encerrados.
Diversas companhias e equipamento culturais da região, casos do Festival
FUMO ou dos Teatros da Fonte Nova e Extremo declararam o seu apoio à greve geral
e não apresentarão espetáculos esta noite.
Este balanço, provisório e inacabado, mostra bem a dimensão do protesto,
a vontade de mudança, a determinação e a disponibilidade para a luta dos
trabalhadores da região e do país. Prova que o caminho para sair deste
rumo de empobrecimento, desemprego e
exploração é o da unidade e da luta. Os trabalhadores e o povo sabem que contam
com o PCP.
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