A recessão aprofundou-se no 1º
trimestre do ano, de acordo com a 1ª estimativa de evolução do Produto Interno
Bruto (PIB), hoje divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O PIB não só está em queda em
termos homólogos há 9 trimestres seguidos, situação nunca antes verificada,
como com esta queda de 3,9% atinge o seu valor mais baixo em termos reais desde
o 1º trimestre de 1999.
Para esta evolução, de acordo com o
INE, contribuiu fundamentalmente a queda da procura interna, em especial a
queda acentuada do investimento.
A queda só não foi maior porque
melhorou a procura externa líquida, fruto de uma redução mais acentuada das
importações. Evolução esta que espelha o agravamento da situação económica do
país, porque a melhoria da procura externa líquida não se deve a uma subida das
exportações, mas pelo contrário, a uma redução acentuada das importações, a
qual está naturalmente associada à forte diminuição da procura interna.
Depois de há uma semana os
portugueses terem tomado conhecimento da desastrosa evolução do emprego e do
desemprego - só entre os primeiros trimestres de 2012 e 2013, foram destruídos
cerca de 230 mil postos de trabalho e estima-se que o desemprego tenha
disparado podendo hoje atingir, em termos reais, o milhão e meio de
desempregados - os dados da evolução do PIB vêm reflectir essa mesma evolução.
A enorme queda do PIB entre o 1º trimestre de 2012 e 2013 espelha a destruição
de centenas de milhares de empregos e a queda do consumo e do investimento das
famílias, das empresas e do Estado.
É cada vez mais urgente pôr fim a
este caminho de desastre económico e social a que o Governo PSD/CDS e o Pacto
de Agressão assinado pelo PS e os partidos do governo com a troika estão a
conduzir o país.
A demissão deste Governo e a derrota
da política de direita são cada vez mais um imperativo nacional, numa altura em
que o país se encontra já numa profunda depressão económica e social, com
centenas de milhares de portugueses a serem forçados a emigrar, com mais de 2
milhões de portugueses na pobreza.
É a luta dos trabalhadores e do
povo – desde logo com a Concentração do próximo dia 25 de Maio, em Belém – que
há-de impor a rejeição do Pacto de Agressão, a demissão do governo e a
convocação de eleições antecipadas, e abrir caminho a uma política patriótica e
de esquerda, capaz de dar solução aos problemas nacionais.
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