quarta-feira, 22 de maio de 2013

Mais CDU para melhor resolver os problemas locais e para melhor defender o Poder Local democrático



Apresentamos hoje os candidatos à Presidência da Câmara e da Assembleia Municipal de Setúbal.

As candidaturas da Maria das Dores Meira e de Palma Rodrigues dão expressão e rosto a um projeto coletivo que, com a participação, o trabalho e a contribuição de muitos outros eleitos, trabalhadores da autarquia, ativistas associativos, população em geral, inscreve como objetivo o de prosseguir uma gestão ditada pelos valores de Abril, centrada no bem-estar de quem aqui vive e trabalha.

A CDU não precisa de fazer prova do que tem representado na gestão das autarquias.

Aqui, em Setúbal, bem se sabe isso por experiência própria, uma experiência reforçada por aquele período de má memória, em que o PS desgovernou este município e o levou à beira da falência e que os setubalenses não querem ver de volta.

Aqui se valoriza e reconhece um trabalho e uma obra que mostrou o valor superior da gestão pública, que testemunhou que os padrões de qualidade do serviço público são, não só possíveis, como um imperativo para melhor servir as populações.

Um trabalho e uma obra que assinalam de modo distintivo a atenção que o nosso projeto dá aos trabalhadores da autarquia, a valorização que lhes atribuímos, uma atenção tão mais importante quanto são alvo de uma ofensiva sem precedentes contra os seus direitos.

Nunca umas eleições autárquicas estiveram tão ligadas às questões mais gerais do país, nem, nunca como agora, a defesa do Poder Local democrático (esse poder local que neste concelho e neste distrito bem se sabe o que representou de progresso e de desenvolvimento local) esteve tão ligado à luta mais geral contra a política de direita, o Pacto de Agressão em que esta política atualmente se suporta e à concretização de uma política alternativa.

A ofensiva contra o Poder Local é parte integrante do processo de exploração, empobrecimento, limitação democrática, saque fiscal, restrição de políticas públicas que o governo tem em curso.
Uma ofensiva que não é em abstrato contra o Poder Local ou contra os eleitos, mas sim, uma ofensiva contra as populações, os seus direitos e as suas condições de vida.

Não é possível afirmar-se com honestidade qualquer atitude de defesa do Poder Local sem inscrever como objetivo a rejeição do Pacto de Agressão, a derrota do governo e da política de direita.

A verdade é esta. A ofensiva contra o Poder Local que agora conhece nova intensidade é filha da política de direita, da responsabilidade não só do atual governo e da atual maioria mas também do PS.
Olhe-se por onde se olhar, para o tempo presente ou para o passado recente, e é isso que os factos testemunham.

A redução significativa de autarquias, a alteração à Lei de Finanças Locais, a lei dos compromissos, a destruição de emprego público, a privatização da água ou o roubo do direito à saúde e à educação, mais não são do que a concretização do Pacto que PS, PSD e CDS subscreveram com a troika estrangeira.
E ainda a extinção das freguesias dava os primeiros passos com Relvas e o PSD e já António Costa e o PS tinham preparada a liquidação de quase metade das freguesias da cidade de Lisboa.

A verdade, é que não há nem defesa do Poder Local, nem crescimento económico e criação de emprego, nem solução dos problemas nacionais sem rejeitar o Pacto de Agressão, sem demitir o governo e realizar eleições, sem derrotar a política de direita.

É por essa razão que muitos milhares de portugueses não compreendem, nem aceitam que a direção do PS continue a fingir que quer eleições, a fingir que quer mudar de política e, ao mesmo tempo, vai jurando fidelidade ao memorando com a troika, vai anunciando que, com o PS, a contenção orçamental e a austeridade são para valer e continuar, vai silenciando qualquer compromisso sobre a reposição dos direitos e salários roubados, vai afirmando querer fazer das eleições autárquicas a primeira volta das legislativas.

É por isso que cada vez mais portugueses, incluindo milhares de eleitores socialistas não percebem que o PS, por cálculo político, prefira deixar o governo PSD/CDS prosseguir a obra de destruição da vida de milhões de portugueses.

Não percebem que o PS prefira, desprezando as dificuldades e o desespero de milhões de portugueses, pensar mais em poder vir em Outubro a cobrar eleitoralmente, do que em se opor e lutar pela demissão deste governo.

Quem assim age não merece o voto de todos quantos condenam a atual política e a querem ver derrotada!

Todo o esforço que o Poder Local vem realizando para melhorar as condições de vida das populações tem a contrariá-lo as políticas nacionais deste governo do PSD/CDS e a aplicação do Pacto de Agressão. O governo fala de sucesso da sua política mas, a cada sucesso anunciado, cai-nos em cima uma nova desgraça. A cada sucesso celebrado, corresponde no país a problemas agravados.

Não há palavras para classificar esta insensibilidade e esta obsessão doentia por uma política de exploração e austeridade sem limites que está a conduzir o país para o abismo. Só a cega obediência aos interesses do grande capital económico e financeiro e ao seu programa de exploração dos povos, pode explicar tal avaliação do programa do Pacto de Agressão!

Só a defesa cega desses interesses pode explicar que, apesar desta evolução catastrófica, ainda se venha persistir no mesmo caminho, reforçando a receita que está na origem deste contínuo afundamento, com a concretização nos próximos dois anos de um brutal programa de austeridade e concentração de riqueza que definiu com o FMI, envolvendo cortes no valor de 4 700 milhões de euros.

Um programa que temos caracterizado como de terrorismo social e que significa novos cortes de salários, nos rendimentos dos reformados e pensionistas, dezenas de milhar de despedimentos, um novo assalto aos direitos dos trabalhadores, um passo mais na liquidação de direitos sociais com novos e arrasadores cortes na saúde, na proteção social e na educação, um ataque aos militares e forças de segurança.

Medidas que se traduzirão em mais recessão, em mais desemprego que atingirão toda a atividade económica e a vida de milhões de famílias!

Mais do que nunca, aos olhos dos trabalhadores e do povo, está clara a opção a fazer: ou derrotar e demitir este governo, ou aceitar o futuro de pobreza e de miséria a que Passos e Portas querem condenar o país.

Mais do que nunca, aos olhos dos trabalhadores e do povo, está clara a opção a fazer: ou aceitar uma política que lhes arruína a vida e hipoteca o futuro do país ou, pelo contrário, dar força a uma política alternativa patriótica e de esquerda que promova a produção nacional, valorize os salários e as pensões, defenda os serviços públicos e as funções sociais do estado, assuma o controlo das empresas e sectores estratégicos - a começar pelo sector financeiro – e rompa com o rumo de integração capitalista da União Europeia.


Os trabalhadores e o povo deste concelho precisam de mais CDU nos órgãos municipais e nas freguesias. Mais CDU para melhor resolver os problemas locais, para melhor defender o Poder Local democrático e o que ele representa de conquista de Abril.

Mas precisam sobretudo de uma CDU com mais força para defender os seus direitos, enfrentar a liquidação dos seus direitos que a política do governo e o Pacto de Agressão estão a impor.

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