sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

PCP expressa o seu profundo pesar pelo falecimento de Nelson Mandela


O Partido Comunista Português expressa o seu profundo pesar pelo falecimento de Nelson Mandela e transmite ao povo sul-africano e às forças progressistas e revolucionárias da África do Sul as suas mais sentidas condolências e a solidariedade dos comunistas portugueses perante a dolorosa perda do dirigente histórico da luta do povo sul-africano contra o apartheid e pela conquista da liberdade, democracia e progresso social.

Nelson Mandela desde muito cedo se identificou com as aspirações de liberdade e justiça do seu povo, dedicando a sua vida à luta contra o regime explorador e opressor do apartheid na África do Sul. Participou desde 1942 no Congresso Nacional Africano, e foi fundador, em 1944, com Walter Sisulu e Oliver Tambo, da sua Liga Juvenil. Na sequência do massacre de Sharpeville, perpetrado pela polícia sul-africana, e da ilegalização do ANC, em 1960, Nelson Mandela conduziu a luta armada do ANC contra o apartheid.

Em 1962, Nelson Mandela foi preso, vindo a ser condenado a prisão perpétua. Em 1985 foi-lhe negada a liberdade condicional por se recusar a renegar a luta armada do seu povo contra o apartheid. Após 28 anos na prisão, em 1990, culminando a heroica luta do povo sul-africano e uma campanha de solidariedade e de exigência da sua libertação desenvolvida ao nível mundial pelas forças progressistas, Nelson Mandela viria a ser libertado, tomando o seu lugar na direção do processo que conduziria ao fim do hediondo regime de apartheid. Em 1991, seria eleito Presidente do ANC, substituindo Oliver Tambo, e em Maio de 1994 foi eleito Presidente da República da África do Sul, tendo exercido esta função até 1999.

Nelson Mandela permaneceu até 2008 integrado na lista das personalidades consideradas terroristas pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América.

O falecimento de Nelson Mandela é uma enorme tristeza para todos aqueles que no Mundo consideram a sua vida um elevado exemplo de coragem, de dignidade e de total entrega à causa da liberdade, da justiça e do progresso social.

O PCP recorda que a Revolução portuguesa – a Revolução de Abril –, nos seus dois anos de existência, pondo fim ao regime fascista e colonialista português e solidária com a luta de libertação nacional dos povos africanos, contribuiu para o isolamento do apartheid e do colonialismo na África. 


O Partido Comunista Português reafirma a sua solidariedade de sempre ao Congresso Nacional Africano (ANC), ao Partido Comunista da África do Sul (SACP) e ao Congresso dos Sindicatos da África do Sul (COSATU) – forças da Aliança Tripartida –, com a confiança que através da sua unidade e determinação construirão os caminhos para a concretização do programa de profundas transformações que, dando solução aos complexos problemas com que se confronta a África do Sul, responda aos anseios do seu povo.

Sem comentários:

Enviar um comentário