segunda-feira, 29 de abril de 2013

Sobre a utilização indevida do espaço público em S. Lourenço para publicidade



É certo e sabido que o capitalismo nunca foi muito respeitador dos sentimentos profundos das populações, da sua história e tradições, da sua cultura. Mas também é sabido, é a vida que o mostra, que há sempre quem apareça para a assumir atitudes de claro desrespeito por esses sentimentos, por essa  história, pelas tradições, pela cultura das populações.


Vem isto a propósito do que se tem passado nos últimos tempos na região de Azeitão e de que se  dão alguns exemplos.

Com pompa e circunstância foram inaugurados uma rotunda e um parque em Vila Nogueira de Azeitão, ambos perto da Quinta da Bassaqueira. Ainda assim, tanto a rotunda como o parque ganharam o nome de um vinho que vai buscar o nome a um monumento nacional que fica a 3km de distância. Isto por si só é grave e fere a memória, cultura e história de ambas as freguesias, mas Azeitão no Coração ainda foi mais longe.

Essa rotunda da “Bacalhôa” e o “Azeitão Bacalhôa Parque” vai ficar para sempre com o nome de uma empresa de vinhos. A região assiste à venda de espaço público para publicidade a vinhos. Que mecenato é este que só ajuda na melhoria da região se vir o seu nome escarrapachado em cada obra? Que executivo de S. Lourenço é este que vende assim espaço público para mostrar que tem obra feita? O mesmo se aplica a outra rotunda noutra entrada em Vila Nogueira com publicidade à José Maria da Fonseca, vinhos portanto.

A continuar a permitir-se que se continue a percorrer este caminho, Azeitão será irreconhecível e a sua identidade histórica estará completamente desrespeitada. Existem muitos painéis publicitários na região prontos a receber esta publicidade, não sendo preciso o uso de obras e espaços públicos para isso. A continuar a este ritmo toda a identidade e história de Azeitão estará privatizada e desonrada com o nome da empresa que decida contribuir para obras na região. Esta bebedeira de medidas tomadas tem de ter um fim.

O PCP e os seus organismos locais estaram sempre ao lado das populações na luta contra estes atropelos, contra  o que são a identificação histórica e o respeito pelo que é de todos e não de interesses obscuros, mesquinhos e egoístas.

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