Posição do Comité
Central do PCP sobre a situação na União Europeia e na Grécia, inserida no
comunicado da sua reunião de 28 de Junho.
"O Comité
Central condena o processo de ingerência e chantagem da União Europeia e do FMI
contra o povo grego e as suas opções, que procura impor o prosseguimento e
intensificação da política ao serviço do grande capital e do directório de
potências da UE, política que está na origem da catastrófica situação económica
e social daquele país.
O Comité Central
condena a inaceitável postura de alinhamento do governo PSD/CDS e do Presidente
da República no processo de pressão contra o povo grego, que é contrária aos
interesses do povo e do país.
Face aos
desenvolvimentos da situação, quando se anuncia a realização de um referendo na
Grécia no dia 5 de Julho e se multiplicam factores de desestabilização, o PCP
reafirma a sua firme condenação das manobras da União Europeia e do FMI contra
este país.
Este processo vem
confirmar que a “União Europeia da coesão e da solidariedade” não existe. Nas
chamadas “negociações” e nas decisões do Eurogrupo, a UE e o FMI nunca
estiveram interessados em solucionar os graves problemas do povo e da economia,
mas sim impor uma maior e mais brutal exploração dos trabalhadores e do povo
gregos e uma nova extorsão dos recursos daquele país. Tendo o euro como um dos
seus principais instrumentos de domínio económico e político pelo grande
capital, a União Europeia não hesita em espezinhar valores fundamentais
hipocritamente proclamados - como a democracia – para, humilhando e esmagando a
vontade soberana de um povo, tentar eternizar as políticas de exploração dos
trabalhadores e de favorecimento do grande capital.
O PCP reafirma a
sua solidariedade aos trabalhadores e ao povo gregos, que resistem e lutam contra
as imposições da União Europeia e do FMI, exigindo respeito pelo seu direito a
tomar opções soberanas em defesa dos seus direitos e interesses.
O PCP reafirma que
a gravidade da situação e a violência da ofensiva contra os povos exige uma
posição firme de defesa da soberania face aos instrumentos de dominação da
União Europeia e do grande capital."
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