A notícia hoje divulgada pelo
jornal «Público» sobre alegados donativos do BES/Novo Banco à Festa do
«Avante!» constitui uma peça para tentar atribuir ao PCP práticas e
procedimentos que em absoluto rejeita. Face às insinuações subjacentes ao
artigo o PCP esclarece que:
- A Festa do «Avante!» tem com o
BES/Novo Banco uma relação comercial que tem como principal elemento a
titularidade de uma conta bancária onde são depositadas e movimentadas as
receitas da Festa, cujas vantagens para a referida entidade por si só
justificaria que não acrescessem encargos para a Festa decorrentes de serviços
associados, como o transporte de valores, a instalação de meios de pagamento
automático, de realização de depósitos e de levantamento de dinheiro.
- É falso que a Festa do
«Avante!» tenha solicitado ou obtido qualquer apoio ou donativo financeiro do
BES/Novo Banco. A relação que a Festa do «Avante!» detém com o referido banco é
estritamente de natureza comercial, como cliente que detém uma conta de
importância significativa a que se associa a contratação dos serviços
mencionados, nas condições apresentadas pela própria instituição. Sendo
totalmente alheio à forma como essa entidade classifica a contabilização dos
serviços contratados, o PCP rejeita e considera totalmente abusiva qualquer
assumpção do conceito de donativo nesta relação comercial.
- É, aliás, de sublinhar que
apesar da importância da conta que a Festa do «Avante!» tem no BES/Novo Banco,
os serviços que lhe estão associados tenham representado um encargo para a
Festa de mais de 20 mil euros no ano presente que serão inscritos como despesa
nas contas, a enviar ao Tribunal Constitucional. Ao contrário do que é
sugerido, na relação comercial com o BES/Novo Banco ou qualquer entidade a que
a Festa do «Avante!» contrata serviços, são estas que efetivamente têm proveito
na relação estabelecida.
Aos que não desistem de procurar
envolver o PCP em práticas que hoje proliferam no País, o PCP não só repudia
essas manobras como reafirma a sua absoluta independência face ao poder
económico e a sua reconhecida atitude de honestidade e isenção que nenhuma
operação mistificatória conseguirá pôr em causa.
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