Reunida a 20 de Setembro de 2014 a
Direcção da Organização Regional de Setúbal do PCP analisou a situação política
e social, o desenvolvimento da luta e o conjunto das tarefas colocadas à
organização partidária.
I
CONTRA
A POLÍTICA DE DIREITA,
INTENSIFICAR
A LUTA DOS TRABALHADORES E DAS POPULAÇÕES
1. O
prosseguimento da política de direita, levada a cabo por PSD/CDS, com o apoio
do PS e a cumplicidade do Presidente da República, assente em constantes
cortes nos salários, nas reformas e pensões, nos direitos económicos e sociais,
tem como consequências o contínuo agravamento das condições de vida da esmagadora
maioria do povo português.
2. As
novas investidas do Governo contra, a saúde, o ensino e a justiça, traduzem-se
em despedimentos, agravamento dos custos e em pior acesso das populações aos
serviços públicos.
3. Investidas também contra o Poder Local
Democrático, que ferem a sua autonomia constitucionalmente consagrada, cortando
milhões de euros nas transferências com consequências diárias na qualidade de
vida das populações, espartilhando as suas capacidades de gestão, tentando
simultaneamente forçar as autarquias a assumirem novas responsabilidades em
áreas que competem ao poder central. Ofensiva que tem também expressão no
sector das águas e dos resíduos através do processo de privatização da Amarsul
e a prazo da Simarsul, processo ao qual os trabalhadores e os municípios se
opõem firmemente desde a primeira hora.
4. A
DORS saúda os trabalhadores pelas lutas que tem desenvolvido pelos seus
direitos, nomeadamente, dos trabalhadores da EMEF, dos profissionais de saúde e
dos professores em defesa da dignificação das suas profissões e das comissões
de utentes em defesa do Serviço Nacional de Saúde, da escola pública, gratuita e de qualidade para
todos.
5. A
manutenção do horário de trabalho das 35 horas semanais nos municípios e
freguesias por negociação entre trabalhadores e Autarquias, constitui uma
vitória para os trabalhadores e respectiva organização sindical de classe,
comprovando que a luta foi e é o caminho para a derrota do Governo, afirmando a
vitalidade e a força da luta dos trabalhadores e do Poder Local Democrático.
6. No
arranque do novo ano lectivo, a DORS denuncia a política de destruição da
escola pública, com amplos reflexos no atraso da entrada em funcionamento de
escolas em toda a região de Setúbal, e apela à continuação e ampliação da luta de professores,
encarregados de educação,
auxiliares, administrativos e dos alunos.
7. A
entrada em vigor do novo Mapa Judiciário traduziu-se, como o PCP oportunamente
alertou, no caos para o funcionamento dos tribunais e em agravados prejuízos no
acesso dos cidadãos à justiça.
8. A
DORS alerta para planos em curso visando a privatização do sector de
transportes, nomeadamente, Transtejo e Soflusa, que a concretizar-se constituiria
mais um quadro sombrio para os trabalhadores e mais implicações negativas teria na mobilidade e no
aumento dos preços a pagar pelos respectivos utentes.
Ao mesmo tempo, assiste-se à falta de investimento nos
meios de transporte tendo como consequências a degradação da qualidade do
serviço prestado.
9.
A DORS saúda a CGTP-IN pelo seu 44º
aniversário e apela à participação dos trabalhadores na quinzena de
esclarecimento e luta que decorre de 23 de Setembro a 5 de Outubro, contendo
entre outras reivindicações o aumento dos salários, do salário mínimo nacional,
e a reposição dos cortes salariais e dos direitos laborais.
10. A
DORS apela às suas organizações e militantes, aos trabalhadores e às
populações, para que intensifiquem a luta contra esta política e este Governo,
como caminho seguro para a defesa dos seus interesses e direitos económicos e
sociais e a melhoria das suas condições de vida.
11. Hoje,
mais do que nunca, estão expostas na sociedade portuguesa as consequências da
reconstituição do capital monopolista, assente na promiscuidade entre o poder
político e económico, cujo caso BES é mais uma gritante expressão, geradora de
uma enorme concentração e centralização da riqueza à custa do incremento da
exploração dos trabalhadores e do empobrecimento geral do povo português.
12. Uma
política da responsabilidade de sucessivos governos e submissa a uma integração na União Europeia que favorece os países mais ricos,
ao serviço dos grupos económicos e financeiros, que entregou ao capital
nacional e estrangeiro sectores estratégicos da economia nacional, levou à
desindustrialização, à continuada destruição da agricultura e das pescas e a
uma crescente perda da soberania e independência do País.
13. Ganha
cada vez mais urgência a ruptura com esta política e a construção das condições
para uma verdadeira política alternativa, patriótica e de esquerda ao serviço
do povo e do país. Uma real política alternativa e não jogos de caras ou o mais
do mesmo das falsas alternativas, onde se inclui esse embuste de eleições para
1º ministro.
14. «A
Força do Povo, por um Portugal com futuro – uma política e um governo
patrióticos e de esquerda» é o lema da ação do PCP, que teve início no mês de
Setembro e que se prolongará até Dezembro e que terá também expressão na
península de Setúbal. Uma ação que afirma a confiança que reside no povo, a
soberania de decisão, que com a força do Povo, a sua luta e intervenção, mas
também as suas opções e escolhas, é possível romper com décadas de política de
direita e abrir caminho a uma política patriótica e de esquerda vinculada aos
valores de Abril.
II
UM
PARTIDO MAIS FORTE, UM PARTIDO MAIS INTERVENIENTE
15. A
DORS do PCP avalia como um grande êxito a realização da 38ª edição da Festa do Avante!
Uma Festa onde a solidariedade, a defesa da paz, a fraternidade, a amizade
são parte do amplo conteúdo político, cultural, artístico e desportivo que
marcam a sua realização.
16. A
DORS saúda o colectivo partidário pelo seu empenho nas muitas tarefas que
contribuíram para o êxito da Festa e saúda os milhares de visitantes que
marcaram presença na Quinta da Atalaia – Amora- Seixal.
17. A
DORS regozija-se com a decisão da aquisição da Quinta do Cabo da Marinha, que
possibilita o alargamento e melhoria da Festa do Avante! para todos os
que nela participam.
18. Uma
aquisição que será obra do esforço e contributo de todos os militantes,
democratas e patriotas e amigos da Festa que pretendam dar o seu contributo.
Que se concretizará através de uma ampla campanha de fundos e para a
qual se apela ao empenhamento das organizações na sua planificação e concretização.
19. Campanha
de fundos que constitui uma clara manifestação de confiança nos trabalhadores e
no povo português, na sua força e determinação em lutar e conseguir com a sua
força a ruptura com a política de direita e a construção de uma política
patriótica e de esquerda.
20. Uma
Campanha que se insere na ação geral de reforço do Partido «Mais organização,
mais intervenção, maior influência – Um PCP mais forte» nomeadamente através do
reforço do Partido nas empresas e locais de trabalho e trazendo ao Partido mais
e mais militantes.
21. A
DORS do PCP convocou para 22 de Março de 2015 a sua IX Assembleia da
Organização Regional, tendo aprovado o regulamento para fase a preparatória da
Assembleia.
22. Com
confiança, determinação e empenhamento na prossecução do conjunto de objectivos
que nos estão colocados como Partido, a DORS reafirma que tudo continuará a
fazer para com os trabalhadores e o povoe a sua luta, derrotar este Governo e
esta política, e abrir as portas à construção de um futuro melhor, um futuro
que integre os valores de Abril.
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