A decisão do
Conselho de Ministros de 29 de Agosto de 2013 de avançar no processo de
privatização das seguradoras da Caixa Geral de Depósitos (Fidelidade, Multicare
e Cares) é mais um grave crime político e económico cometido contra os
interesses nacionais. Uma decisão, a coberto do Pacto de Agressão, que
significa um enorme frete/prémio aos grupos financeiros privados, nacionais e
estrangeiros, que dominam o sector segurador em Portugal, enfraquecendo,
simultaneamente, o Grupo Financeiro Público da Caixa Geral de Depósitos e a
capacidade reguladora do Estado. O sector ficará também, praticamente, nas mãos
do capital estrangeiro.
Recorde-se que a atividade
seguradora do Grupo Caixa teve 76 milhões de euros de lucros no primeiro
semestre do corrente ano, mais que duplicando os resultados do mesmo período do
ano passado.
Num sector já
fortemente oligopolizado, o governo vai promover o reforço da sua
monopolização, com a venda aos grupos privados hoje dominantes, da Fidelidade,
que lidera destacada o sector em Portugal (quota de cerca de 30%) e é a sexta
no mercado ibérico de seguros. Assim se vai reforçar a predação económica que
este sector há muito vem efetuando sobre os seus clientes, nomeadamente
pequenas e médias empresas, com manifestos abusos de posição dominante e de
dependência económica pelas seguradoras, nomeadamente sobre oficinas de
automóveis e empresas de desempanagem.
O PCP, ao mesmo
tempo que denuncia a gravidade política da decisão do governo PSD/CDS, tomará
as iniciativas adequadas na Assembleia da República, para travar esta
privatização.
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